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quinta-feira, 7 de janeiro de 2016

Os morros

Não há nada que detém
a rua com seus muros próprios
atrás de um vermelho cru
na esperança de uma janela

que receba acenos, morte
de passagem, funerais

homens com a vista curta
e seus jornais embrulhando
o cotidiano com notícias

diante do morro, a sorte
de espichar os olhos nús

e sumir fotografia
dentro de um buraco escuro

os cães ladrando a vida
depois que essa noite cai

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